sexta-feira, 17 de maio de 2013

Salto alto e a saúde

Estava a divagar na net, encontrei esse artigo e achei interessante partilhar com vocês.


Dicas para a sua saúde não ser uma vítima do salto alto
Foto: Getty Images

Amamos salto. O problema é que passar muito tempo no andar de cima pode deformar o pé, atrofiar a musculatura das panturrilhas (gémeos)  e causar dores de coluna. Como não pretendemos abandonar essa poderosa arma de sedução, melhor aprender a usar os modelos que arrasam sem tropeçar na saúde, certo? Segundo os especialistas, saltos de apenas 3 centímetros causam praticamente os mesmos danos que uma torre de 10. “Com qualquer um dos dois, os passos se tornam mais curtos e lentos”, diz Cibele Réssio, ortopedista com especialização em pés e tornozelos pela Universidade Federal de São Paulo. O resultado é um sofrimento. A planta do pé dói e ganha calosidades, os dedos tomam a forma de garras. Sem falar do joanete, que é 50% obra dos saltos. “Com esse tipo de calçado, a pressão de sustentação do seu corpo, que geralmente se distribui por toda a sola, se concentra no dedão e no vizinho. Essa sobrecarga causa lesões”, explica ela.
É comum também observar lordoses e o encurtamento da musculatura posterior das pernas. O teste para ver se esse mal já pegou você é descer à terra firme. “Se descalça sentir estiramento nas coxas, panturrilhas ou costas, é porque pode estar sofrendo de atrofia”, alerta. Virar o pé também se torna mais freqüente, o que pode acabar causando rompimento de ligamentos. Antes que você compre um novo par, veja o risco que cada tipo de salto oferece à saúde.
 
Agulhas matadoras
Parece um complô do Universo: segundo os médicos, quanto mais alto e fino o salto, maior o tombo. Ou seja, quanto mais sexy a sua sandália de tiras, mais perigosa para a saúde. “Esse tipo de calçado prejudica o equilíbrio, aumentando as torções no tornozelo”, explica Ari Zekcer, especialista em ortopedia e traumatologia. A boa notícia é que os agulhas com meia plataforma na frente, diminuem os problemas. “Tudo porque a inclinação do calcanhar fica menor”, esclarece a dra. Cibele.
 
Quadrado quase perfeito
Já os saltos retangular e quadrado apresentam risco intermediário. Por possuírem maior superfície de contato com o chão, aumentam a estabilidade. Outra opção é o tipo cone. Ele ajuda no equilíbrio, já que a haste sai do centro do calcanhar e não da parte traseira do sapato. Se tiver meia plataforma na frente, melhor ainda.
 
Plataforma do sucesso
“O salto ideal deixa o pé quase paralelo ao chão”, diz a dra. Cibele. “Por isso, apesar de a caminhada se alterar assim que o pé sai do nível do solo, o trio plataforma, anabela e anabela com plataforma é o que gera menores danos. Os três distribuem melhor o peso do corpo pelo pé”, conta. Em tempo: o mesmo vale para as rasteirinhas, totalmente liberadas e aclamadas pela moda atual.
 
 
MANUAL PARA AS AMANTES DE SALTO
 
 
Sobe e desce
A boa pedida, no dia a dia, é alternar os tipos e o tamanho das torres do poder e da sedução. Se já sabe que vai querer vestir uma sandália altíssima à noite, melhor ir trabalhar de plataforma, anabela ou mesmo com uma delicada flat. Passou o expediente nas alturas? Calce o chinelo assim que chegar em casa. “Descansar o pé é essencial. E isso significa vestir um calçado que o deixe até 3 centímetros do solo ou até ficar descalça, o que é ainda melhor”, aconselha a ortopedista.
 
Na hora da compra
Mulher esperta deixa para ir à loja no fim da tarde ou à noite, quando os pés já estão inchados pelo maior fluxo de sangue e distensão normal dos ligamentos. “O ligeiro aumento de tamanho é suficiente para incomodar se o calçado estiver justo”, diz a dra. Cibele. E, então, experimente sempre o par completo. “A maioria das pessoas tem um pé maior ou mais largo que o outro, mas não necessariamente o esquerdo ou o direito. Isso pode variar”, explica.
 
Espaço extra
Ao escolher o sapato, vale reservar 1 centímetro entre a ponta e o dedão para permitir o movimento do pé durante a caminhada. Não acredite nessa história de que ele vai lassear. “O que acontece é que o calçado se deforma e, além de incomodar, vai gerar calos e até unhas encravadas”, fala ela.
 
Fino, redondo ou aberto?
Já foi o tempo em que sapato de bico fino fazia os dedos ficarem amontoados. “Hoje, os estilistas desenham modelos confortáveis. O pé termina antes de o calçado afunilar”, diz a médica. Os redondos, também na moda, estão liberados, assim como os abertos na frente. “O importante é que o pé esteja confortável e os dedos tenham espaço para se mexer livremente.”
 
Amarradona
As tiras ou pulseiras que prendem os sapatos no tornozelo, além de serem um charme, evitam que o movimento natural da caminhada mude. E são ótimas para evitar uma torção, já que o pé fica bem preso. Justas demais, no entanto, podem dificultar a circulação. Por isso, maneire no aperto!
 
 
Fonte: M de Mulher

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